Despertar Missionário



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PROPAMI 



Despertar Missionário

 Fundamentação: Nova Evangelização o Caminho a seguir....

1983: Visita de João Paulo II em Haiti = Nova Evangelização= Ação Pastoral Renovada=aspira-se um Novo Pentecostes.

1992: Doc.  Santo Domingo

           Projeto Rumo ao Novo Milênio - SINM

2001: Novo Milennio  Ineunte

2001 a 2003: Projeto SINM  = Ser Igreja no Novo Milênio (CNBB) Olhando para frente

2003: PNNE: Queremos Ver Jesus Caminho Verdade e Vida

2007: Documento de Aparecida: Discípulos e Missionários de Jesus Cristo, Caminho Verdade e Vida,para que nossos povos tenham vida Nele

2-   Tônica do Encontro: A partir da fundamentação da necessidade, do chamamento do Papa, da Igreja quanto à Nova Evangelização, motivar a participarem do Retiro, um encontro com Cristo.

DESPERTAR MISSIONÁRIO

INTRODUÇÃO.

O Concílio Vaticano II (1962-1965) direcionou a Igreja para um novo caminhar

no cumprimento da missão que recebeu de Jesus: de Igreja triunfalista,clericalista e

só sacramentalista, a Igreja deve passar a ser celebrativa, essencialmente

missionária, evangelizadora e dos leigos. O 5º CELAM (maio/2007, em Aparecida),

Nos mostra que este é o enfoque que a Igreja deve privilegiar nestes novos tempos.

Por isso, os bispos conclamam a Igreja toda para uma “grande tarefa de proteger a fé do povo de Deus e recordar aos fiéis que, em virtude de seu batismo, são chamados a ser discípulos e missionários de Jesus Cristo” .

(DA,10). A Igreja “precisa ir ao encontro dos afastados, oferecer a Igreja como comunidade de fé, lugar de encontro com o Senhor”.

É esse espírito missionário que deve envolver a todos nós.

Vejam bem: a Igreja está nos convocando para repensar, retomar e abraçar

com fidelidade e audácia nossa missão como discípulos e missionários de Jesus

Cristo. Nós, os fiéis seguidores de Jesus, diz Aparecida (nº14), “somos chamados

a confirmar, renovar e reavivar a Boa Nova do Evangelho, a partir de um

encontro pessoal e comunitário com o Mestre. Não temos outro tesouro,

 a não ser este.Não temos outra felicidade nem outra prioridade senão

a de sermos instrumentos do Espírito de Deus na Igreja e no mundo.

Depende de nós que Jesus seja encontrado, seguido, amado, adorado,

 anunciado e comunicado a todos não obstante todas as dificuldades e resistências”.

Para entendermos melhor de onde provém essa missão  e essa

responsabilidade, precisamos compreender o que é ser igreja e qual sua missão.

1- O QUE É A IGREJA DE JESUS CRISTO.

A Igreja é a comunidade do seguimento de Jesus. É a única comunidade no mundo

 que, assistida pelo Espírito Santo,ao mesmo tempo guarda a memória de Jesus Cristo

(Evangelhos), celebra sua presença de Ressuscitado (Eucaristia e demais Sacramentos)

e o anuncia ao mundo. O cristianismo nasceu em forma de Igreja.

Não existe cristianismo sem ser eclesial. Ninguém pode ser cristão sozinho, isolado,

sem participar da vida da Igreja à margem da comunidade. Sem Igreja não se

pode conhecer Jesus Cristo , amá-lo e ser seu discípulo. Na realidade, três coisas

são inseparáveis: Jesus Cristo, a Igreja e o Evangelho.

2- COMO SURGIU A IGREJA.

A Igreja não surgiu da noite para o dia. O Vaticano II (LG, 23) diz que a Igreja

já foi prefigurada desde a origem do mundo, quando Deus fez alianças

universais com o justo Abel, com Noé, com Abraão.

A Igreja foi preparada na história do povo de Israel e na antiga aliança:: Abraão, escravidão no Egito, Moisés, os Profetas... São Paulo nos diz que ela é descendente

e herdeira das promessas que Deus fez a Abraão.A descendência de Abraão não foi segundo a carne , mas segundo a fé. O povo de Deus do Antigo Testamento

 foi formado por esses descendentes de Abraão.

A Igreja foi fundada nos últimos tempos, por Jesus terreno, pelo Cristo pascal.

O Conc. Vat. II (LG) nos fala de vários atos fundantes da Igreja:

- Ato fundante da Igreja, foi, por exemplo, o chamado dos doze.Esse grupo daria início à realização do projeto do Pai: o Reino de Deus entre os homens.

- Ato fundante da Igreja foi a instituição da Eucaristia.A Eucaristia foi instituída para ser o centro da vida de seus discípulos.. Na mesma ocasião, além da Eucaristia , Jesus instituiu o sacerdócio ministerial,para ser o instrumento dessa nova aliança de Deus
com a humanidade. Assim como Israel se tornou o povo de Deus por meio da antiga aliança no Sinai, com Moisés, agora,ao celebrar uma nova e definitiva Aliança, Jesusinicia um novo Povo de Deus.

- Ato fundante da Igreja foi a experiência pascal. A Igreja missionária começou a nascer, quando Maria Madalena e a outra Maria foram ao túmulo e o encontraram vazio. Ouviram, então, a alegre notícia: “Ele não está aqui: ressuscitou. Ide anunciar

a Pedro e aos irmãos”.   
Elas saíram correndo para anunciar aos discípulos (Mc 16, 6-7).Foi o início da ação missionária da Igreja. Na mesma manhã do domingo de Páscoa, Jesus ressuscitado caminhou com os discípulos de Emaús e, ao se deixar reconhecer,eles também saíram depressa, mesmo sendo noite,para dar a notícia aos irmãos (Lc 24, 13-35). Também

foi uma ação missionária.

- Ato fundante da Igreja foi a manifestação do Espírito Santo. A Igreja foi consolidada e iniciou “oficialmente”sua missionariedade com Pentecostes. Como vemos nos Atos,

 antes de Pentecostes, os discípulos de Jesus estavam fechados dentro de casa,sem iniciativa, sem saber que rumo tomar. Foi a experiência do Espírito Santo, em Pentecostes, que transformou a comunidade dos discípulos de Jesus em Igreja missionária. Em Pentecostes é que ela começou a ser manifestada ao mundo.
Só a partir daí, os apóstolos descobriram a verdadeira identidade de Jesus (Messias, Redentor, Salvador),o pleno sentido de seus ensinamentos e de sua obra redentora. Realizava-se o que Jesus havia prometido:“Quando vier o Espírito da Verdade que procede do Pai e que eu enviarei da parte do Pai,Ele dará testemunho de mim e vocês darão testemunho” (Jo 15, 26-27).

Como vimos, a Igreja foi preparada por Deus no Antigo Testamento e foi fundada por Jesus durante sua vida terrena. Ela é e será sempre conduzida pelo Espírito Santo até

o fim dos tempos. Nós podemos afirmar, com toda segurança que a iniciativa de formar a Igreja não vem dos homens. Vem de Deus. A Igreja existe e continuará existindo,

 não porque algumas pessoas se reúnem e decidem fundá-la.

A Igreja é fruto da fé, que é dom de Deus. É próprio da dinâmica da fé reunir, congregar, expandir-se.

3- A IGREJA DE CRISTO É ÚNICA.

Apesar da divisão entre os cristãos, a Igreja de Jesus não está dividida em várias

 igrejas.

A Igreja de Jesus é única e subsiste na Igreja Católica,pois só ela possui todos os elementos de salvação que Jesus nos deixou:
- as mesmas verdades de fé (que nós professamos no Credo);

- a totalidade dos canais da graça que são os sacramentos;

- a sucessão do colégio apostólico, com os bispos;
- a sucessão do governo da Igreja, com o Papa;

- o magistério autêntico e oficial da doutrina de Jesus (inclusive a Tradição).
Em nenhum outro lugar se encontra, como na Igreja Católica, a plenitude dos meios
de salvação que Cristo nos deixou.

4- A MISSÃO É MANDATO DO SENHOR.

Mas, de onde provém essa responsabilidade que todos nós temos de ser discípulos

missionários? É mandato do Senhor: “Assim como o Pai me enviou, também

eu vos envio” (Jo 20, 21).“Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações.” (Mt 28, 19)

.“Sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia, na Samaria e até

os confins da terra” (At 1, 8).  “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura!” (Mc 16, 15). Pedro nos lembra que Jesus “nos mandou pregar ao povo e testemunhar que Deus O constituiu Juiz dos vivos e dos mortos” (At 10, 42).E Paulo nos adverte que “anunciar o Evangelho não é  para mim motivo de glória. É antes uma necessidade que se me impõe.Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!” (I Cor 9, 16)

Existem outras passagens da Palavra de Deus que nos mostram que o discípulo de

 Jesus tem a responsabilidade de anunciar Jesus e o seu Reino: a parábola

do Bom Pastor (Jo 10, 1-10); do semeador (MT 13, 3-9. 18-23);

a pesca milagrosa (Lc 5, 4-6). 

Ser missionário é vocação que recebemos no nosso batismo.O batismo nos torna

sacerdotes, reis/pastores e profetas.

5- A IGREJA ASSUME O MANDATO DO SENHOR.

Partindo do mandato do Senhor, a Igreja, a partir do Concílio Vaticano II, Passou a

Direcionar Sua missão para uma nova evangelização Assim, os Papas Paulo VI,

e João Paulo II, passaram a insistir que a Igreja caminhe com um novo impulso

 missionário.Destacam-se as Encíclicas “Evangelii Nuntiandi”,

“Catechesi Tradendae”, “Christi Fidelis Laici” e “Redemptoris Missio”.

O Vaticano II (Ad Gentes, 35) se expressava dessa forma: “A Igreja inteira

é missionária e a obra da evangelização é um dever fundamental do Povo de Deus...”.

 Puebla (1978) constata que na América Latina tem-se “um catolicismo popular

debilitado por insuficiente evangelização” (nº 444, 457, 461).O Papa João Paulo II, 

 em visita ao Haiti em 1983, falava de uma nova evangelização: nova nos métodos, no ardor, nas expressões.Santo Domingo (1992), insistiu muito sobre a necessidade da

evangelização: “É necessária uma renovação pastoral da Igreja, para que

se adéqüe ao mandato de Nova Evangelização” (nº 30). “Promover visitas

 domiciliares com leigos preparados e organizar a pastoral do retorno,

para acolher os católicos que regressam à Igreja” (nº 146); “A Igreja,

pastores e fiéis, sem descuidar da atenção aos mais próximos, deve sair

ao encontro dos afastados”. “Muitas portas desses irmãos afastados esperam

o chamado do Senhor, através dos cristãos que, assumindo missionariamente o seu

 batismo e a confirmação, vão ao encontro daqueles que se afastaram

da casa do Pai. Promover um novo impulso missionário em direção a esses fiéis,

 indo-lhes ao seu encontro” (nº 131).

João Paulo II, com “Novo Millenio Ineunte” (2001), direcionou a Igreja

para um caminhar missionário, evangelizador. A CNBB, em 2001, lançou

os documentos “Ser Igreja no Novo Milênio” e “Programa de Ação

Missionária Permanente” (PAMP), determinando que a Igreja no Brasil,

neste novo século, deve caminhar assumindo plenamente sua missão evangelizadora.

 Em 2003 ela lança o “Projeto Nacional de Nova Evangelização”, com o lema

“Queremos Ver Jesus, Caminho, Verdade e Vida”. O V Celam, em Aparecida,

no ano de 2007, com o lema “Discípulos e Missionários de Jesus Cristo, para que

nossos Povos tenham Vida nEle”, absorve e assume tudo que o Vaticano II,

os Papas e os Bispos haviam proposto para a Igreja nestes novos tempos.

 Por isso, o Documento de Aparecida (DA) não pode estar ausente de nossas mãos e

 de nossos estudos e reflexões. (Os documentos acima citados deveriam ser objeto

 de nosso estudo e estarem sempre à nossa cabeceira).

6- NOSSA ARQUIDIOCESE TEM  SEU PROJETO MISSIONÁRIO.

Nossa Arquidiocese abraçou a missionariedade para todas as suas paróquias.

 Dom Aloysio, então Arcebispo, em Assembléia Arquidiocesana (2001), lançou o

 “Projeto Paróquia Missionária”, Propami, com o objetivo:“Levar a consciência,

 o ardor e o trabalho missionário evangelizador a todas as paróquias, buscando

 superar o modelo sacramentalista, tornando-as missionárias, comunidade de

comunidades”. O lema motivador é: “Lança-te ao longe” (Lc 5, 4), tendo como

palavras chaves: “Comunhão – Participação – Missão”. Para desenvolver o Propami

foi adotada a estrutura e metodologia do SINE (Sistema Integral da Nova

Evangelização). A Assembléia Arquidiocesana de dezembro de 2010 confirmou o

Propami como programa missionário da Arquidiocese com a mesma estrutura e

metodologia do SINE. O Propami se fundamenta no tripé:

a- encontro pessoal com Cristo, através do retiro de evangelização querigmática;

b- formação do discípulo, através de vivência em pequenas comunidades;

c- apostolado, exercido com visitas permanentes de casa em casa. 

Várias paróquias iniciaram essa caminhada missionária, realizando sua Jornada de

Informação. Em algumas, aconteceu o primeiro retiro de evangelização querigmática

. Porém, poucas deram continuidade ao projeto.

7- COMO DEVE SER A IGREJA MISSIONÁRIA

O que significa a missão da Igreja? Numa linguagem simples podemos dizer que

 missão é o itinerário, o caminho da Palavra de Deus. A Palavra de Deus deve

ser levada pelos discípulos missionários de povo para povo, de grupo para grupo,

de casa em casa, de pessoa para pessoa. A finalidade da missão é:

- anunciar Jesus Salvador: ser missionário(a).

- e reunir as pessoas para formar o novo Povo de Deus: construir comunhão.

Os Atos (At 12, 24) nos dizem que a Palavra crescia e se multiplicava, querendo 

dizer que crescia e se multiplicava o número daqueles que se tornavam

missionários, isto é, daqueles que anunciavam a Boa Nova de Jesus Cristo e

reuniam os seguidores de Jesus ao redor da Eucaristia para celebrar e para o

 ensinamento da doutrina. Porque ouvir a Palavra não significa apenas escutá-la.

Alguém só ouve realmente a Palavra quando se torna missionário e sente

necessidade de fazer parte do Povo de Deus. Sem assumir a missão, a pessoa julga

que ouviu a Palavra, mas, na realidade, ainda não a ouviu.

A missão não é uma atividade circunstancial, optativa da Igreja. A missão pertence ao

 ser da Igreja. A Igreja é, por essência, missionária. A Igreja não nasceu para, depois,

se tornar missionária. Ela já nasceu missionária. Ela é realmente católica, isto é,

 universal, porque ela se fundamenta, sobretudo, na Missão e na Comunhão. Ela é

missionária desde sua origem. Se ela não fosse missionária, também não seria católica.

 A Igreja existe em função da missão. A Igreja existe para evangelizar.

D.Odilo Scherer afirma que alguém só pode dizer que é Igreja se ele é missionário.

8- COMO SE ORIGINA A MISSÃO.

A missão não brota da leitura de um livro ou só do conhecimento da doutrina de

Cristo. João Paulo II diz que a missão tem origem no encontro com Cristo vivo:

 “Todo batizado precisa ter um encontro pessoal, de olhos abertos, com

 Jesus Ressuscitado” (EIA, 66). Os Evangelhos narram vários encontros com Cristo que

 foram fonte de missão. Após a Ressurreição, quando os discípulos pensavam que

 iriam ficar para sempre junto do Mestre, vem a missão: “Ide por todo o mundo”

(Mc 16, 15). “Sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia, na Samaria

, e até os confins da terra” (At 1, 8).

Sem o encontro com Cristo vivo, não existe verdadeira missão. Pode existir

doutrinação, propaganda, proselitismo. Mas, não missão. Aparecida nos  diz que a

Igreja deve crescer, não por proselitismo, por propaganda, mas pela força do amor,

por atração (nº 159). A Igreja deve atrair os fiéis pela força do amor. A Igreja só atrai,

se ela vive em comunhão. Os verdadeiros discípulos de Jesus serão reconhecidos

se eles se amarem uns aos outros. Pelo batismo, somos chamados a viver e a

construir comunhão. É missão primordial do discípulo missionário viver o amor,

construir comunhão. É na Eucaristia e na Palavra que encontramos força, alegria e

um desejo muito forte de anunciar Jesus e partilhar o amor com os irmãos. É o que

 acontecia com os primeiros cristãos: “Vede como eles se amam”, era o que diziam

 sobre os primeiros discípulos.

9- DESDE SEMPRE A IGREJA FOI MISSIONÁRIA.

Talvez nos perguntemos: se a Igreja nasceu missionária, porque só agora ela passou

a ter essa preocupação missionária? A Igreja sempre foi missionária. Ela sempre

anunciou a Boa Nova da Salvação. Sua preocupação primeira, porém, foi a missão aos

 pagãos. Depois de Pentecostes, os apóstolos iniciaram, com ardor e alegria,

a missão evangelizadora até os confins da terra. Surgiram, a seguir, também muitas

pessoas que doaram suas vidas pelo Evangelho. Citemos, por exemplo,

São Bento, São Domingos, São Francisco de Assis, São Francisco Xavier e muitos

 outros. Aqui no Brasil destacamos Pe. Manoel da Nóbrega e Beato José de Anchieta

 como os missionários pioneiros. Podemos afirmar que quase todo o mundo

ocidental, e também outros povos, se tornaram cristãos. A Igreja, então, como

 que se acomodou. Por isso, a partir da Reforma de Lutero (séc. XVI), começaram

 a surgir inúmeras outras religiões e seitas e muitos católicos do mundo inteiro

renegaram o catolicismo e aderiram a essas religiões. Como conseqüência, começou a

 existir um catolicismo descompromissado, uma verdadeira descristianização. Por quê?  

O Papa Paulo VI constatou qual foi o principal motivo dessa descristianização e

 de certa apatia religiosa: “eles não tem uma adesão explícita e pessoal a Jesus Cristo,

 porque a primeira evangelização não está tendo lugar... a grande maioria dos

batizados se declaram católicos mas, na realidade, não conhecem Jesus Cristo...

 Pois nunca tiveram um encontro pessoal com Jesus Cristo”(En, 52). Por que? “O

querigma, o primeiro anúncio, não está tendo lugar”. João Paulo II lamenta: “Esta

 é a maior e mais grave lacuna da Igreja” (CT, 19). E adverte: “O primeiro anúncio

 tem, de forma permanente, a prioridade da missão” (RM 44).

10- SOMOS CHAMADOS A SER DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS HOJE.

Todos nós, pelo batismo, somos chamados a ser discípulos missionários de Jesus.

 Ele nos chama para caminhar com Ele para anunciar o Evangelho. O DA nos diz que

 somos chamados para confirmar, renovar e reavivar a Boa Nova de Jesus, a partir

 de um encontro pessoal e comunitário com o Mestre. “Não temos outro tesouro a não

ser este. Não temos outra felicidade nem outra prioridade senão a de sermos

instrumentos do Espírito de Deus na Igreja e no mundo. Depende de nós que

Jesus seja encontrado, seguido, amado, adorado, anunciado e comunicado a todos” (nº 14).

Aparecida (nº 18) nos diz também que: “conhecer Jesus pela fé deve ser nossa alegria;

 segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos irmãos é uma tarefa que o

Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher”. “Conhecer Jesus é o melhor

presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que

ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossas palavras e obras é nossa

alegria” (nº 29). “Ser cristão não é uma carga, mas um dom” (nº 28).

A alegria de termos tido um encontro com Jesus deve chegar a todos os que estão à

 beira do caminho, nossa felicidade deve ser compartilhada com entusiasmo, ardor

e alegria. Talvez nós também tenhamos dúvidas e, como Tomé, perguntemos : “como

 vamos saber o caminho?” (Jo 14, 5). Como a ele, Jesus nos vai dar a mesma

resposta provocadora: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo14,6). E

acrescenta: “Eu vos darei palavras tão acertadas que nenhum dos inimigos vos

 poderá resistir” (Lc 21, 15). Por isso nos pede: “Não tenham medo, eu estarei

sempre com vocês” (Mt 28, 5). Nossa resposta deve ser, então, uma resposta de amor

 a quem nos amou primeiro e nos deve fazer dizer com toda segurança: “Eu te

seguirei por onde quer que vás” (Lc 9,57).

Bento XVI nos diz que “discipulado e missão são as duas faces da mesma moeda:

quando o discípulo está apaixonado por Cristo, não pode deixar de anunciar ao

mundo que só Ele salva. De fato, o discípulo sabe que sem Cristo não há luz,

 não há esperança, não há amor, não há futuro” (DA, 146). Por isso, o discípulo

missionário há de ser alguém que é apaixonado por Cristo e torna visível o amor

misericordioso do Pai.

A Igreja deve crescer, “não por proselitismo, mas por ‘por atração’: como Cristo

 ‘atrai tudo para si’ com a força do seu amor” (DA, 159). A Igreja só atrai, se ela

 vive em comunhão. Os verdadeiros discípulos de Jesus serão reconhecidos se eles se

 amarem uns aos outros.

Aparecida (nº 169) nos diz ainda que o projeto missionário só será eficiente se cada

comunidade diocesana e cada paróquia se inserirem nele e o assumirem. Aparecida

propõe que a Igreja desperte para um grande impulso missionário. Aliás, é também

desejo de nosso Arcebispo. Por isso, devemos assumir o Propami, que é seu

programa missionário da Arquidiocese. Necessitamos de um novo Pentecostes,

 dizem os Bispos. “Necessitamos sair ao encontro das pessoas, das famílias, das

 comunidades e dos povos para lhes comunicar e partilhar o dom de termos tido um

 encontro com Cristo, que tem preenchido nossas vidas de ‘sentido’, de verdade e de

 amor, de alegria e de esperança. Não podemos ficar tranqüilos, em espera passiva

em nossos templos, mas é urgente ir em todas as direções para proclamar que...

o amor é mais forte, que fomos libertos e salvos pela vitória pascal do Senhor”

 (DA, 548). “Cumprir essa missão não é tarefa opcional, mas parte integrante da

identidade cristã” (DA, 144).

Os Bispos nos advertem, porém: “para nos convertermos em uma Igreja cheia de

ímpeto e audácia evangelizadora, temos que ser de novo evangelizados e fiéis

discípulos de Jesus” (DA, 549). O retiro de evangelização querigmática tem esse

objetivo. Todos somos chamados a “recomeçar a partir de Cristo” (DA, 549).

 O Papa convida todas as forças vivas de cada paróquia para a difusão da verdade

evangélica.  Aparecida e o Propami nos conclamam “para colocarmos a Igreja

em estado permanente de missão”. Devemos “levar nossos navios mar adentro,

 com o poderoso sopro do Espírito Santo, sem medo de tormentas e tempestades”,

nos pede Aparecida (nº 551).

CONCLUSÃO/CONVITE:

Com essa visão de Igreja missionária, o que nossa Arquidiocese espera de nós? Como

 iniciar o programa missionário em nossa paróquia? “Vem e segue-me” (Mc 2, 14).

 “Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 20, 21). “Ide vós

 também para minha vinha” (MT 20, 7). Diante deste convite que nos faz Jesus não

podemos nos calar, não podemos ficar parados. Você aceita este convite do Mestre?

 Através do pároco, nossa Arquidiocese também convida você para ser parceiro de

Jesus na obra de construção de seu Reino. Você gostaria de ser discípulo missionário

de Jesus? Ele quer salvar a todos e, para isso, conta com você. “A messe é

grande e os operários são poucos” Lc 9, 37). Estamos indecisos e inseguros? “Não

 tenham medo. Eu estarei sempre com vocês”, nos tranquiliza Jesus. O Mestre

convida você porque Ele o(a) ama. Você deveria se sentir honrado(a), orgulho

so(a) e imensamente grato(a) e feliz por Ele ter confiado em você e lhe fazer o convite

para ser seu discípulo missionário.

3       - Visão Geral do PROPAMI:

    A partir do encontro paroquial para o  “Despertar Missionário”, o pároco

 deverá organizar outros momentos para   que juntos (Pároco e Paroquianos)

possam tomar conhecimento do Plano de Missão e Pastoral da Arquidiocese. E posteriormente possam marcar o Retiro de Evangelização.